O último capítulo de BB foi insensato por já passar um sentimento de desfecho. A graça da historia não estava na sua conclusão mas no trajeto insano que ela percorre. O fim a destrói. Um epílogo destrói a beleza da caminhada que neste caso é mais importante que a mera chegada. É um gozo efêmero que cancela as preliminares contínuas.
Bem a calhar veio o comentário de mARIA eDUARDA que li ontem na pag. 163 dos Maias. Questionaram Maria sobre um bordado que ela tecia e que nunca acabava. Sua resposta foi:
- "E para que se há de acabar? O grande prazer é anda-lo a fazer. Uma malha hoje, outra amanha, torna-se assim uma companhia.. para que se há de chegar logo ao fim das coisas?"
(...)
Maldito seja o capitulo final que ceifa sua companhia.
O ideal seria que a temporada se congelasse. Perfeita sem a expectativa do fim. Necessita a humanidade evoluir-se ao ponto de criar a criogenia Cultural. Disso que carecemos: congelamento de sensações. Mais do que congelamento de carnes e polpas de açaí.
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