terça-feira, 31 de março de 2009

Picaretas


A decadência surge quando, as ferramentas são abandonadas e as armas empunhadas.

segunda-feira, 23 de março de 2009

morto

Sinto-me cada vez mais humano meus carísimos. Nao me refiro ao senso de humanidade relativo a virtude assistencial e fraterna tão presente, na essência própria da alma Do Rafael Bicalho. Não não. Essa aura de virtude, tão natural quanto o impulso de seus pulmões por soprar e sorver os ares vitais não estão, pelo menos ainda , tão firmes e concretados em meu ser.

Quando digo q me sinto mais humano me refiro a ter maior consciência de minha natureza perecível, frágil e transitória. Lembro vagamente que em minha adolescência a sensação do fim parecia distante. Com relação a ela eu me posicionava indiferente.

Hoje , ao contrário, sinto-me mais próximo da morte. Mais suscetível e frágil. Meu corpo não passa de carapaça medíocre. Maquina de segunda que já se coroe pela kilometragem . Já não sou mais o jovenzinho de pneus novos e motor zerado. Meus estofados não cheiram o odor de novo da linha de montagem. Nunca me senti tão velho e nunca em senti tão próximo de perder a vida. Digamos q a roca onde se tece este fio da vida já não gira com intensidade e A tesoura ,que a qualquer momento pode cortar este fio, já esta sendo amolada.

Em que momento a morte virá? Pode ser agora. Pode ser daqui cinco minutos. Pode ser na seqüência de um satisfatório orgasmo em uma cama redonda, pode ser daqui 60 anos em uma cadeira de rodas cromada movida a energia solar e com painel digital de LCd e olhos de gato traseiros de leds. A surpresa da morte é o que a torna fascinante. Ela em sua indefinição de momento nos obriga a sermos vigilantes. Não vigilantes em referencia a ela, a morte. Mas vigilantes em relação à vida. Nos condicionamos a absorvê-la, gozá-la, tomá-la a todo custo, senti-la, torturá-la se preciso for. Nos condicionamos a querer fazer a vida valer mais e mais a pena em conseqüência da aceitação de seu término.


se eu morresse amanha sentiria falta dos cliques de uma canon em minhas mãos. De ver o noticiário matinal, de sentir o cheiro de pão fresco após uma semana de regime. De ver o Vega sorrindo espontaneamente. Este "espontaneamente " se refere aquele tipo de riso que é cru, puro e complexamente simples. não é o riso burocrático de todos os dia mas aquele riso q borbulha os sentidos em um prazer felicitário. Eu o presenciei rindo de verdade uma vez no Ouro preto. Não entendo porque mas, a palavra Jesus o fez explodir. o porque não me interessa saber, o q interessa mais do que o sentido da graça foi sentir o resultado. Foi uma feição de felicidade tão grandiosa q passou q naquela ocasião, tive a certeza que nunca o tinha visto sorrir em toda minah vida antes. Qualquer riso pretérito seria um incomparável choro se defrontado contra a referência deste riso verdadeiro q citei. Era uma cena incontestavelmente fantástica, sublime, celestial.
eu sentiria falta da feição assassina do hammer e do andado de galo do Paulo. Nada me motiva mais ao prazer de rir do que ver o Paulo a caminhar. Mais do que caminhar ele flui pelo espaço se auto afirmando. Abrindo os braços, erguendo o queixo e tremulando os cabelos feito o pavão que corteja uma vagabunda ou um gorila que impõe sua superioridade em um território.

Sem duvida os dentes da deborah também fariam falta na vida do além tumulo. fodas a explicação, eu apenas gosto dos dentes da deborah é só. Inúmeras outras coisas me fariam falta nesta vida. Outras nem tanto. Mas não tive o propósito de fazer um inventário de sentimentos. Apenas enumerei coisas que brotaram agora na mente. Não me arrasto mais nisso por preguiça. A intenção de escrever isto não era de criar um testamento longínquo e pedante, portanto não se sinta ofendido se teu nome não apareceu aqui. É uma questão de sorte ou revés. Amanha seu nome pode ser postado aqui em alguma citação q eu faça sobre qualquer coisa, a não ser que eu morra antes disso.

segunda-feira, 9 de março de 2009

vc historiador. RWE

Cabe ao homem compreender que pode viver toda a historia em sua própria pessoa.

O homem deverá levantar-se firmemente sobre seus pés e não temer a intimidação de Reis ou impérios; deverá estar consciente de que ele é maior do que toda a geografia e todos os governos do mundo; deve mudar seu ponto de vista pelo qual a história e comummente lida, seja de Roma ou da Grécia, de Hollywood ou das atas da Sorbone para si mesmo.

Não deve negar a sua convicção de que ele é o juiz, se a Inglaterra ou o Egito tem algo a lhe dizer, ele julgará o caso; se não, deve deixar que silenciem para sempre.